PRA QUE TANTAS MALAS?
Sobre bagagens e malas. Sobre cargas necessárias… ou não. Porque
quando nos damos conta de quem realmente somos conseguimos viver com a
certeza de que não precisamos carregar carga alguma: tudo que precisamos
nos é ofertado a cada ‘agora’. O texto de Marcel Camargo vem trazendo
essa reflexão… não somos nossas mágoas, rancores, medos e raivas. Somos
mais, muito mais!Boa leitura!
LIBERTE-SE DAS BAGAGENS INÚTEIS!
Muitos de nós temos uma irracional
necessidade de carregar o mundo nos ombros, sentindo-nos responsáveis
por tudo e por todos, à maneira de mártires que desabam dentro de si
mesmos, tamanha é a carga de bagagem emocional atraída sem razão para
dentro de nossas vidas. Caminhamos, assim, a passos lentos e morosos,
ruminando pensamentos negativos que só retardam a concretização de
nossos sonhos, de nossa felicidade. É urgente nos libertarmos do que não
é nosso.
Liberte-se das culpas desnecessárias, que
de nada servem e apenas emperram a manutenção de seu equilíbrio
emocional. Temos grande parcela de responsabilidade sobre o que nos
acontece, porém, muitas coisas independem de nossa participação, para
que ocorram. Não temos o poder de mudar o curso de certos
acontecimentos, tampouco de mudar o pensamento das outras pessoas. Cada
um que assuma a parte que lhe cabe no desenrolar da vida, sem que
ninguém se sobrecarregue para que outrem possa se safar da colheita que é
só dele, de ninguém mais.
Liberte-se das mágoas e ressentimentos em
relação aos acontecimentos, às pessoas, ao que já foi e deve ficar no
passado. Desista de entristecer os seus dias com as lembranças doloridas
de becos escuros que lhe impedem de enxergar a luminosidade à sua
volta, que lhe retiram a capacidade de esperar ativamente por dias
melhores – e eles virão, sim. Guardar tudo isso dentro de si faz com que
você se torne escravo do pior que já aconteceu e de gente que não
merece sua preocupação por um segundo sequer.
Liberte-se da mendicância afetiva, do
implorar por um olhar, por um “bom dia”, das mãos que se estendem ao
nada, do vazio em que teima mergulhar seus sentimentos mais nobres.
Temos que nos valorizar, percebendo que temos muito a oferecer a alguém
que retorne sinceridade e dedicação. Fuja das amarras de uma relação que
se sustenta por nada mais do que amor unilateral. Não ame pelos dois,
mas tenha a certeza do que merece receber em troca de tudo aquilo que
possui dentro de si.
Liberte-se dos temores, dos medos
paralisantes, que mal se sustentam sobre preconceitos e convenções
sociais que não condizem com o pulsar apaixonante do sangue que corre em
suas veias. Entregue-se de corpo e alma aos seus sonhos que podem – e
devem – ser realizados enquanto existe vida transbordando por entre seus
poros. Carregue e recarregue as esperanças a cada novo dia,
destemidamente, para que não estenda intranquilidade e arrependimentos
pelo resto de seus dias. Não tema aquilo que for capaz de tornar sua
jornada única e especial, pois você merece nada menos do que isso.
Liberte-se de tudo o que não mais lhe
pertence: das chaves do lar em ruínas, do tique-taque agonizante do
relógio na mesa do escritório, do sofá emudecido em frente à novela das
oito, da cama em que corpos não mais se perdem um no outro. Deixe para
trás esse peso nos ombros que um cotidiano fingido e adequado às
expectativas alheias torna cada vez mais difícil de se suportar. Diga
não a tudo o que lhe traz dor e sofrimento. Deixe o sim entrar na sua
vida, de forma a lhe tornar capaz de viver o que é e de buscar o que
realmente deseja.
Não conseguiremos viver uma vida isenta de
adversidades, de mágoas, de decepções, tampouco estaremos salvos de
encontrar pessoas maldosas, porém, quando estamos certos e seguros
quanto às nossas potencialidades, quanto ao que podemos dar e merecemos
obter, conseguiremos enfrentar o que vier com dignidade. Porque, dessa
forma, estaremos vivendo o que somos. Porque, assim, jamais perderemos
as esperanças. Porque, então, estaremos rodeados de amor verdadeiro, o
qual nos alimentará, renovando-nos a cada novo amanhecer.
Cíñtia RizzöFonte: Sabedoria Universal
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