CONTROLE EMOCIONAL
Se há alguma coisa que poucos de nós conseguimos
controlar é a emoção. Ela se extravasa nos nossos atos, nas palavras nos
pensamentos e algumas vezes também na nossa omissão, ou seja, quando deixamos
de fazer algo que poderia ter sido feito.
De todas essas atividades
(fazer, falar, pensar ou omitir), as que mais nos marcam por nos atingir
diretamente são as duas primeiras. Por não sabermos controlar o nosso
temperamento, machucamos as pessoas quando as agredimos física ou moralmente.
Embora essas agressões tanto
possam ser pequenas, médias ou grandes, o grau delas jamais apagará nas almas
das pessoas agredidas, esse tipo de atitude. Mesmo que anos depois a pessoa
tenha sido perdoada, a experiência negativa daquela que recebeu a ação, dificilmente
desaparecerá.
O mesmo podemos dizer quanto
às palavras. É justamente nestas que o ser humano mais prejudica seus
semelhantes. A todo momento estamos dizendo alguma coisa para alguém de forma
desagradável. Isso acontece quando somos
movidos pela raiva, pelo ódio, pela indiferença, pela mentira, pelo rancor e
todos os demais sentimentos negativos.
Uma palavra ofensiva dita
num instante de desequilíbrio emocional, afeta profundamente a alma de qualquer
ser humano, fazendo com que ele reaja de uma maneira imprevista. Isso varia de
acordo com a personalidade e caráter de cada um.
Embora determinada palavra
de baixo calão nos atinja indistintamente, a reação é bastante variada e
depende muito da educação que a pessoa ofendida recebeu. Por isso, quanto maior
for o revide, seja por atos ou palavras, tanto maior será a mágoa que ela
levará consigo.
É comum dizermos que a
primeira impressão é aquela que mais nos marca. Por isso, existem pessoas que
jamais esquecem outras. Se a experiência foi negativa, mesmo que no futuro haja
uma transformação completa do caráter de alguém que se comportou
inconvenientemente, o ato gravou-se na alma e não raras vezes a pessoa leva
para o túmulo essa amarga vivência.
Para quem acredita em mundos
superiores, deve tomar muito cuidado com o pensamento. Pois ele age da mesma
forma que as palavras. A única diferença é que o resgate de sua atuação ocorre
no plano astral, ou seja, no mundo das almas onde a forma de vida (boa ou má) é
determinada pela qualidade de pensamentos que teve neste mundo.
Nossa história da semana
reflete com acuidade o resultado de comportamentos descontrolados: “Havia um garotinho que tinha mau
gênio. Seu pai deu um saco cheio de pregos e lhe disse que cada vez que
perdesse a paciência que batesse um prego na cerca dos fundos da casa.
No primeiro dia o garoto
havia pregado 37 pregos na cerca. Porém gradativamente o número foi
decrescendo. O garotinho descobriu que era mais fácil controlar seu gênio do
que pregar pregos na cerca.
Finalmente chegou o dia, no
qual o garoto não perdeu mais o controle sobre seu gênio. Ele contou isto a seu
pai, que lhe sugeriu que tirasse um prego da cerca por cada dia que ele fosse
capaz de controlar seu gênio. Os dias foram passando até que finalmente o
garoto pode contar a seu pai que não havia mais pregos a serem retirados.
O pai pegou o garoto pela
mão e o levou até a cerca. Ele disse: – Você fez bem garoto, mas dê uma olhada
na cerca. A cerca nunca mais será a mesma. Quando você diz coisas irado, elas
deixam uma cicatriz como esta.
Você pode enfraquecer um
homem e retirar a faca em seguida, e não importando quantas vezes diga que
sente muito, a ferida continuará ali. Uma ferida verbal é tão má quanto uma
física.” Moral da história: devemos
tomar muita precaução com o que dizemos ou fazemos, pois ao longo da vida,
alguns de nós devem estar com a alma mais furada (cheia de cicatrizes) do que
uma peneira.
FONTE: RICHARD ZAJACZKOWSKI
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