A INTUIÇÃO
Considero
minha intuição como elemento-chave dos processos mentais que me levem a
conclusões e decisões. Henry
Ford II
É a intuição que faz
com que tomamos conhecimento de algo, sem que tenhamos consciência disso.
Embora alguns autores divirjam sobre a
procedência ou formação da intuição, são no entanto, unânimes quanto ao
resultado do funcionamento: ela processa informações não-verbais, ou seja,
chega à nossa consciência somente por meio de imagens.
No corpo físico humano, a intuição atua
através do cérebro posterior, também conhecido como cerebelo, aquela parte do
corpo que nos transmite o sonho. A intuição provém do espírito que utiliza como
auxílio o plexo solar, cujo centro processa as imagens, e que chegam à nossa
consciência via cérebro anterior, que representa a nossa inteligência, o nosso
raciocínio.
A intuição jamais erra, isso porque,
ela forma imagens de impressões e/ou acontecimentos desejados pelo espírito. É
o contrário do cérebro anterior que é ligado ao espaço e ao tempo, à
inteligência e ao raciocínio. Quando este último é usado, sobrevêm-nos
sentimentos, emoções, pensamentos, fantasias e por fim, as palavras que são o
produto final das percepções que passamos a sentir por meio da mente, a
respeito de alguém ou alguma coisa.
A forma de impressões de
processamento que recebemos do cérebro anterior (raciocínio) ou do cérebro
posterior (intuição), é quase simultânea, todavia, é possível perceber a
diferença, porque o que surge primeiro é a imagem formada pela intuição que logo
em seguida é transformada em pensamentos, sendo que nesse interregno ocorrem
milésimos de segundos.
Atualmente pouquíssimas pessoas
utilizam a intuição, pois com o decorrer dos séculos ela foi sendo sufocada
pela predominância do uso da inteligência, do raciocínio e dos pensamentos,
todos dignos de falibilidade, posto que, tomam por base, emoções e sentimentos
pelos quais imaginamos que sabemos algo a respeito. Nos meios de crença
popular, ela é conhecida como palpite, vislumbre, inspiração, revelação, prenúncio,
augúrio, pressentimento, sexto sentido ou voz interior; nos meios acadêmicos,
como insight ou “vibrações”.
Em sua obra publicada originalmente
sob o titulo de Intuition: How to use it for success and happiness, (
Intuição : como usá-la para o sucesso e a felicidade), traduzido para o
português como Intuição, o autor Milton Fisher relata fatos de pessoas
que mediante a intuição, fizeram sucesso na vida profissional, enquanto outras
tiveram-na salva, como no caso da repórter Oriana Fallaci, quando fazia a
cobertura dos jogos olímpicos no México. Momentos antes, teve um palpite de que
algo errado estava para acontecer, e procurou um abrigo seguro, mesmo assim,
acabou ferida, quando atiraram nos estudantes.
Para Abdruschin, em seu tópico
Intuição, “os seres humanos do futuro terão cérebros normais (grifo do
autor) que, trabalhando com uniformidade, se apoiarão então mutuamente, de modo
harmonioso. O cérebro posterior, que se chama cerebelo, por estar atrofiado,
robuster-se-á então, porque chegará à atividade certa, até ficar em relação
correta com o cérebro anterior. Então haverá novamente harmonia, e o contorcido
e doentio terá que desaparecer”. Quem sabe talvez consigamos isso no porvir,
quando do limiar do Reino dos Mil Anos.
Richard Zajaczkowski, bacharel em
Direito,
Oficial de Justiça Avaliador, acadêmico de Jornalismo
e
membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão
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