APRENDENDO
LIÇÕES
O rabino Elisha ben
Abuyah costumava dizer: “Aqueles que estão abertos às lições da vida, e que não
se alimentam de preconceitos, são como uma folha em branco, onde Deus escreve
suas palavras com tinta divina”.
“Aqueles que estão
sempre olhando o mundo com cinismo e preconceito, são como uma folha já
escrita, onde não cabem novas palavras. Não se preocupe com o que já sabe, ou
com o que ignora”.
“Não pense no passado
e nem no futuro, apenas deixe que as mãos divinas tracem, a cada dia, as
surpresas do presente”. Elisha tem razão, pois as pessoas preconceituosas
possuem opinião formada sobre assuntos dos quais têm pouco conhecimento.
E sobre temas que na
realidade desconhecem e apenas ouviram falar, adoram acrescentar coisas
inventadas pelo intelecto doentio, para se jactarem na vaidade de mostrar um
falso saber.
O cinismo nos seres
humanos, no sentido figurado, torna-os despudorados, cujo julgamento possui a
faculdade de desdenhar das conveniências sociais. Para eles, praticamente tudo
não passa de uma absoluta hipocrisia humana.
Quando dizemos que as
pessoas estão abertas às lições da vida, queremos dizer que elas devem aceitar
as dificuldades que enfrentam com determinação normal, sem que para isso devam
criticar, procurando erros e falhas nas coisas e pessoas.
Não existe a perfeição
nas atividades humanas, nem por isso, devemos nos utilizar desta faculdade – a
da imperfeição – para fazer valer o nosso caráter formal de preconceituosos.
Estar aberto à vida
também pode significar que as pessoas devem reciclar suas mentes, ou seja,
buscar novos entendimentos, abrir-se a conhecimentos diversificados, entender
situações novas sobre coisas e pessoas, enfim, ampliar o nosso universo
mundo-social.
As palavras do rabino
de que as folhas escritas por pessoas que se alimentam de preconceitos possam
estar preenchidas e que não cabem novas palavras, é apenas a força do sentido
para justificar que somente o bem é eterno.
Nos mundos das
materialidades, tanto o bem quanto o mal se frutificam; ambos preenchem
milhares de folhas escritas, porém, em mundos superiores de luz, apenas o bem
sobrevive, que é a essência da pureza do Criador da qual todos nós
provimos.
Moral da história:
aqueles que não aprendem direito as lições da vida correm o sério risco de sofrerem
repetidas vezes, sem imaginar que a cada ciclo de involução, a carga cármica
torna-se cada vez mais pesada.
Richard Zajaczkowski, bacharel em
Direito,
Oficial de Justiça – Vara do Trabalho,
jornalista
e membro do Centro de Letras de
Francisco Beltrão
E-mail: richard.zaja@uol.com.br
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