domingo, 30 de setembro de 2018

A caixinha

A Parábola da Caixinha

Um granjeiro pediu certa vez a um sábio, que o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de papel e colocou em uma caixa, fechou e entregou ao granjeiro, dizendo: “Leva esta caixa por todos os lados de sua granja, três vezes ao dia, durante um ano”.
Assim fez o granjeiro. Pela manhã, ao ir ao campo segurando a caixa, encontrou um empregado dormindo, quando deveria estar trabalhando. Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos sem alimentar.

E à noite, indo à cozinha com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os gêneros. A partir daí, todos os dias ao percorrer sua granja, de um lado para outro, com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas.
Ao final do ano, voltou a encontrar o sábio e lhe disse: “Deixa esta caixa comigo por mais um ano; minha granja melhorou o rendimento desde que estou com o amuleto.”
O sábio riu e, abrindo a caixa, disse: – “Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida.”
No papel havia escrito a seguinte frase:
“Se queres que as coisas melhorem, deves acompanhá-las constantemente.”

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O tesouro oculto

O TESOURO OCULTO: 
O Covarde, o Corajoso e o Ganancioso

     Um homem, que vivia perto de um cemitério, uma noite, ouviu uma voz que o chamava de uma sepultura. Sendo covarde demais para, sozinho, investigar o que se passava, confiou o ocorrido a um corajoso amigo que, após estudar o local de onde saíra a voz, resolveu voltar à noite para ver o que aconteceria.
     Anoiteceu. Enquanto o covarde tremia de medo, seu amigo foi ao cemitério e ouviu a mesma voz saindo de uma sepultura. O amigo perguntou à voz quem era e o que desejava. A voz, vinda de baixo, respondeu: — Sou um tesouro oculto e decidi dar-me a alguém. Eu me ofereci a um homem ontem à noite, mas ele era tão medroso que não veio me buscar. Por isso, dou-me a você que é merecedor. Amanhã de manhã, irei à sua casa com meus Sete Irmãos. 
     O homem corajoso disse: — Estarei esperando por vocês, mas, por favor, diga-me como devo tratá-los. A voz explicou: — Iremos todos vestidos de monge. Tenha uma sala pronta para nós com água. Lave o seu corpo, limpe a sala e tenha Oito cadeiras e Oito tigelas de sopa para nós. Após a refeição, você deverá conduzir cada um de nós a um quarto fechado, no qual nos transformaremos em potes cheios de ouro. 
     Na manhã seguinte, o homem corajoso lavou o corpo conforme lhe fora recomendado, limpou a sala como lhe fora ordenado, e ficou à espera dos oito monges. À hora aprazada, os oito monges apareceram, tendo sido recebidos cortesmente pelo corajoso homem. Depois que tomaram a sopa, ele os conduziu, um por um, aos quartos fechados, nos quais cada monge se transformou em um pote cheio de ouro.
*
     Um homem muito ganancioso que vivia naquela mesma aldeia, ao tomar conhecimento do incidente, desejou também ter para si os potes de ouro. Para tanto, convidou os oito monges para virem até sua casa. Depois que eles tomaram a refeição, o ganancioso, esperando obter o almejado tesouro, conduziu cada um a um quarto fechado. Entretanto, ao invés de se transformarem em potes de ouro, os monges, enfurecidos com a cobiça do espertalhão, denunciaram o ganancioso à polícia, que o prendeu.
     Quanto ao covarde, quando ouviu que a voz da sepultura havia trazido riqueza ao seu corajoso amigo, foi até a casa dele e, avidamente, lhe pediu o ouro, insistindo que era seu porque a voz foi dirigida primeiramente a ele. Quando o medroso tentou pegar os potes, neles encontrou apenas cobras venenosas erguendo as cabeças prontas para atacá-lo.
     O rei, tomando conhecimento desse fato, determinou que os potes pertenciam ao homem corajoso, dizendo: — Assim se passa com tudo neste mundo. Os tolos cobiçam sempre os bons resultados, mas são covardes ou ineptos para procurá-los, e, por isso, estão continuamente falhando. Não têm confiança nem coragem para enfrentar as intestinas lutas que ocorrem na mente. Só com determinação, confiança e coragem se poderá dar início à Peregrinação que conduzirá à verdadeira Paz Profunda e à Harmonia Interior.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O MAIS IMPORTANTE!



O Mais Importante

Ouvi dizer. Uma jovem mulher caminhava na montanha segurando nos braços seu pequeno filho. Então, ouviu uma voz que falou: - Mulher, olhe para o lado, e abriu-se então na montanha uma caverna.
A voz então lhe disse: - Entre, aí dentro encontrarás grandes tesouros, podes apanhar o que quiser, mas não esqueça o mais importante.
Entrou, e deparou-se com grande tesouro composto de pedras preciosas e ouro. Por um instante, acomodou seu filho ao lado de si, e acolheu em seu avental, algumas pedras, e ouro. Ouviu então mais uma vez a voz: - Apanhe tudo o que quiser, mas não esqueça o mais importante. Apresse, pois que esta caverna se fechará em breve, e não mais se abrirá.

Apressou-se então, e pôs-se a recolher freneticamente as jóias , ouro e pedras preciosas acolhendo-as em seu avental. Então se retirou rápido do interior da montanha, pois que o temor de ficar presa aí, assustava. Ao chegar lá fora, a intensidade do sol ofuscou sua vista, e tal era o brilho de seu tesouro, que em euforia, admirava, que só despertou deste estado, ao ouvir o estrondo da caverna se fechar.
Deu-se conta então de que esquecera o mais importante. O filho ficou no interior da escura caverna.

Assim é o mundo. Podes entrar nele e apanhar os tesouros que lhe são oferecidos. Mas não esqueça o mais importante. Não te esqueças de que és o filho. Não permitas que os tesouros do mundo ofusquem tua vista espiritual, e o prendam nas escuras cavernas.

domingo, 16 de setembro de 2018

Crianças trazem Paz


Crianças trazem paz
O Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, do Egito,  Anwar Sadat e o Primeiro Ministro de Israel, Menachem Begin  se reuniram em Camp David em 1978, para discutir a paz entre Israel e  Egito, que viviam em estado de guerra.
O Presidente Anwar Sadat, aprovou uma proposta de paz , mas ela foi  rejeitada Pelo Primeiro-Ministro israelense Begin. Havia um impasse. Os três, depois de muitos debates, cansados  e emocionalmente esgotados, estavam conformados em  partir,  mesmo sem qualquer acordo de paz.
Quando o presidente Carter e o primeiro-ministro Begin já estavam preparados para irem embora eles se lembraram que tinham anteriormente acordado em assinar algumas fotos para as respectivas famílias. Eles se reuniram na varanda da frente da cabine do primeiro-ministro Begin para a assinatura. O Presidente Carter pediu para que o colega dedicasse a foto para seu filho, para fazer da lembrança algo mais pessoal. O primeiro-ministro Begin assim fez e pediu que o presidente dos EUA fizesse o mesmo. Em seguida, o presidente Carter decidiu mostrar as fotos de seus netos e descrever a personalidade de cada um, o primeiro-ministro Begin fez o mesmo. Enquanto eles se olhavam as lágrimas encheram seus olhos fotos. Que tipo de mundo seria aquele em que seus netos cresceriam? O primeiro-ministro Begin voltou para sua cabine e reapareceu depois de cinco minutos pedindo para estudar a proposta de paz mais uma vez.
E o acordo foi assinado.
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Graham Johnston cita o próprio presidente Carter como fonte dessa história.