domingo, 30 de abril de 2017

A FLOR DA HONESTIDADE


Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. 

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. 

Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. 

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula : - Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta ideia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu : - Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas joias e com as mais determinadas intenções. 

Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio : - Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da china. A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, Relacionamentos etc... 

O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flores surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. 

Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. 

Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. 

Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. 

Então, calmamente o príncipe esclareceu : - Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz.

 A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido


 



13 coisas que você deve abandonar se quiser ser bem-sucedido


Alguém me disse uma vez a definição do inferno: “no seu último dia na terra, a pessoa que você se tornou vai encontrar a pessoa que você poderia ter se tornado.”- Anônimo
Às vezes, para ser bem-sucedido, não precisamos de mais coisas, precisamos desistir de algumas.
Mesmo que cada um de nós tenha uma definição diferente de sucesso, existem certas coisas que são universais, das quais se você desistir será mais bem-sucedido.
Algumas delas você pode abrir mão hoje, outras podem demandar mais tempo.

1. Abandone estilos de vida que não sejam saudáveis
“Tenha cuidado com seu corpo. É o único lugar que você tem para viver.”- Jim Rohn
Se você quer alcançar qualquer coisa na vida, tudo começa aqui. Primeiro, você tem que cuidar de sua saúde, e há apenas duas coisas que você precisa ter em mente:
  1. Dieta saudável
  2. Atividade Física
Passos pequenos, mas você vai agradecer a si mesmo um dia.

2. Abandonar a mentalidade de curto prazo
“Você só vive uma vez, mas se você fizer isso direito, uma vez é suficiente.” – Mae West
Pessoas bem-sucedidas estabelecem metas de longo prazo e sabem que esses objetivos são meramente o resultado de hábitos de curto prazo que eles precisam fazer todos os dias.
Hábitos saudáveis ​​não devem ser algo que você faz: devem ser algo que você é.
Há uma diferença entre: “Malhar para ter corpo de verão” e “Malhar porque é quem você é.”

3. Não pense “pequeno”
“Pensar pequeno não serve ao mundo. Não há nada de brilhante em se encolher para que outras pessoas não se sintam inseguras perto de você. Todos nós devemos brilhar, como as crianças. Não está apenas em alguns de nós, está em todos, e quando deixamos nossa luz brilhar, inconscientemente damos permissão a outros para fazer o mesmo. À medida que nos libertamos do nosso medo, nossa presença automaticamente liberta os outros. “- Marianne Williamson
Se você nunca tentar e aproveitar grandes oportunidades ou permitir que seus sonhos se tornem realidade, você nunca vai perceber o seu verdadeiro potencial.
Além disso, o mundo nunca se beneficiará com o que você poderia ter conseguido.
Então dê voz às suas ideias, não tenha medo de falhar e certamente não tenha medo de ter sucesso.

4. Abandone suas desculpas
“Não é sobre as cartas que você tem, mas como você joga elas.” – Randy Pausch, The Last Lecture
Pessoas bem-sucedidas sabem que são responsáveis ​​por suas vidas, não importa o seu ponto de partida, fraquezas e falhas do passado.
Perceber que você é inteiramente responsável pelo que acontece em seguida na sua vida, é assustador e excitante.
No entanto, é a única maneira que você pode alcançar o sucesso, porque as desculpas nos limitam e impedem de crescer pessoalmente e profissionalmente.
Possua sua vida. Ninguém mais o fará.

5. Desista da mentalidade fixa
“O futuro pertence àqueles que aprendem mais habilidades e conseguem combiná-las de maneiras criativas.” – Robert Greene, Maestria
Em uma mentalidade fixa, as pessoas acreditam que sua inteligência ou talento, são simplesmente traços fixos e que talento sozinho gera sucesso – sem esforço. Eles estão errados.
Além disso, as pessoas bem-sucedidas sabem disso. Elas investem uma imensa quantidade de tempo para desenvolver uma mentalidade de crescimento, adquirir novos conhecimentos, aprender novas habilidades e mudar sua percepção, para que isso possa beneficiar suas vidas.
Lembre-se: quem você é hoje, não é quem você tem que ser amanhã.

6. Abandone a crença na “Bala Mágica”.
“Todos os dias, em todos os sentidos, eu estou ficando cada vez melhor” – Émile Coué
O sucesso de um dia para o outro é um mito.
Pessoas bem-sucedidas sabem que fazer pequenas melhorias contínua a cada dia, será agravado ao longo do tempo, e dará os resultados desejados.
É por isso que você deve se planejar para o futuro, mas com o foco no dia seguinte, e melhorar apenas 1%.

7. Desista do perfeccionismo
“Se mover é melhor que ser perfeito.” – Kahn Academy’s Development Mantra
Nada será perfeito, não importa o quanto tentemos.
O medo da falha (ou mesmo o medo do sucesso) nos impede frequentemente de agir e de pôr nossa criação no mundo. No entanto, muitas oportunidades serão perdidas se esperarmos que as coisas sejam certas.
Então, navegue e depois melhore (aquele 1%).

8. Desista de ser multitarefa
“Você nunca chegará ao seu destino se parar e jogar pedras em cada cão que ladra.” – Winston S. Churchill
Pessoas bem-sucedidas sabem disso. É por isso que elas escolhem uma coisa e em seguida, passam a perseguir seus objetivos. Pode ser uma ideia de negócio, uma conversa ou um treino.
Estar plenamente presente e comprometido com uma tarefa é indispensável.

9. Desista da sua necessidade de controlar tudo
“Algumas coisas dependem de nós e algumas coisas não dependem.” – Epictetus, filósofo estóico
Diferenciar estes dois é importante.
Separar-se das coisas que você não pode controlar, e concentrar-se naquelas que você pode, e saber que às vezes, a única coisa que você será capaz de monitorar é a sua atitude em relação a algo.

10. Desista de dizer SIM para coisas que não levam aos seus objetivos
“Aquele que pode realizar pouco deve sacrificar pouco. Aquele que pode alcançar muito, deve sacrificar muito. Aquele que pode alcançar níveis muito altos, deve sacrificar grandemente.”- James Allen
Pessoas bem-sucedidas sabem que para alcançar seus objetivos, terão que dizer NÃO a tarefas, atividades e demandas de seus amigos, familiares e colegas.
Em um curto prazo, você talvez sacrifique um pouco de gratificação instantânea, mas quando seus objetivos começarem a dar frutos, vai valer a pena.

11. Abandone pessoas tóxicas
“Você é a média das cinco pessoas que você mais convive.” – Jim Rohn
As pessoas com quem gastamos mais tempo somam-se a quem nos tornamos.
Há pessoas menos ambiciosas e há pessoas mais ambiciosas do que nós. Se você gastar tempo com aqueles que são menos motivados do que você, sua média vai cair e com ela, o seu sucesso.
No entanto, se você passar o tempo com pessoas mais avançadas do que você, não importa o quão desafiador que possa ser, você será mais bem-sucedido.
Dê uma olhada em si mesmo e veja se você precisa fazer alguma mudança.

12. Abandone sua necessidade de ser apreciado
“A única maneira de não se chatear com as pessoas é não fazer nada importante.” – Oliver Emberton
Pense em si mesmo como um nicho de mercado.
Muitas pessoas vão gostar desse nicho, outras pessoas não e não importa o que você faça, você não será capaz de fazer todas as pessoas gostarem de você.
Isso é totalmente natural, e não há necessidade de fazer nada para se justificar.
A única coisa que você pode fazer é continuar sendo autêntico, e saber que o crescente número de pessoas que o odeiam significa que você está fazendo coisas importantes.

13. Abandone sua dependência de redes sociais e televisão
“O problema é que você acha que tem tempo” – Jack Kornfield
O vício de ficar na internet e assistir televisão é a doença da sociedade de hoje.
Estes dois nunca devem ser uma fuga de sua vida ou seus objetivos.
A menos que seus objetivos dependam deles, você deve minimizar (ou eliminar) a sua dependência sobre eles. Além disso, dirija esse tempo para coisas que podem enriquecer sua vida.

Matéria original publicada por Zdravko Cvijetić no Linkedin
Postado em 6 de março de 20

quarta-feira, 26 de abril de 2017

O HOMEM, SEU CAVALO E SEU CACHORRO


                                      O HOMEM, SEU CAVALO E SEU CACHORRO 

Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada. Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente. Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição... A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. 
Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão todo magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro na qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina. 
O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada. - Bom dia, ele disse. - Bom dia, respondeu o homem. - Que lugar é este, tão lindo? ele perguntou. - Isto aqui é o céu, foi a resposta.. - Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem. - O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte. - Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede. - Lamento muito, disse o guarda. Aqui não se permite a entrada de animais. 
O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. - Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi-aberta. A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra. 
A sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo: - Bom dia, disse o caminhante. - Bom dia, disse o homem. - Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro. - Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem e indicando o lugar. Podem beber à vontade. O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede. - Muito obrigado, ele disse ao sair. - Voltem quando quiserem, respondeu o homem. - A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar? - Céu, respondeu o homem. - Céu? - Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!-Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
 O caminhante ficou perplexo. - Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões. - De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar até seus melhores amigos...
 http://perolasdesabedoriaester.blogspot.com.br/2013/06/de-contos-que-encantam-ester-moreira_9813.html

terça-feira, 25 de abril de 2017

NOSSOS SONHOS



                                                                 NOSSOS SONHOS  
 Ele era um jovem que morava no Centro Oeste dos Estados Unidos. Por ser filho de um domador de cavalos, tinha uma vida quase nômade mas desejava estudar. Perseguia o ideal da cultura. Dormia nas estrebarias, trabalhava os animais fogosos e nos intervalos, à noite, ele procurava a escola para iluminar a sua inteligência. Em uma dessas escolas, certa vez, o professor pediu à classe que cada aluno relatasse o seu sonho. O que desejariam para suas vidas.
 O jovem, tomado de entusiasmo, escreveu sete páginas. Desejava, no futuro, possuir uma área de 80 hectares e morar numa enorme casa de 400 metros quadrados. Desejava ter uma família muito bem constituída. Tão entusiasmado estava, que não somente descreveu, mas desenhou como ele sonhava a casa, as cocheiras, os currais, o pomar. Tudo nos mínimos detalhes. Quando entregou o seu trabalho, ficou esperando, ansioso, as palavras de elogio do seu mestre. Contudo, três dias depois, o trabalho lhe foi devolvido com uma nota sofrível.
 Depois da aula, o professor o procurou e falou: - O seu é um sonho absurdo. Imagine, você é filho de um domador de cavalos. Você será um simples domador de cavalos. 
Escreva sobre um sonho que possa se tornar realidade e eu lhe darei uma nota melhor. O jovem foi para casa muito triste e contou ao pai o que havia acontecido. 
Depois de ouvi-lo, com calma, o pai lhe afirmou: - O sonho é seu, meu filho, faça o que quiser... essa decisão é sua: Persistir neste sonho ou procurar outro. O jovem meditou e, no dia seguinte, entregou a mesma página ao professor. 
Disse-lhe que ficaria com a nota ruim mas não abandonaria o seu sonho. Esta história foi contada para várias crianças pelo dono de um rancho de 80 hectares, uma enorme casa de 400 metros quadrados e uma família muito bem constituída, próximo de um colégio famoso dos Estados Unidos o qual empresta para crianças pobres passarem os fins de semana. 
Depois de terminar a história, o dono do rancho revelou ser o jovem que teve a nota ruim, mas não desistiu do seu sonho. E o mais incrível é que depois de 30 anos o professor daquelas crianças tem visitado com os seus alunos, aquela área especial. Um dia se apresentou, por ter identificado no proprietário o antigo aluno e confessou: - Fico feliz que o seu sonho tenha escapado da minha inveja. Naquela época eu era um
atormentado. Tinha inveja das pessoas sonhadoras. Destruí muitas vidas. Roubei o sonho de muitos jovens idealistas. Graças a Deus, não consegui destruir o seu sonho, que faz bem a tantas vidas. Como é bonito ter sonhos... sonhar é da natureza humana. Tudo que existe no mundo, um dia foi elaborado, pensado e meditado por alguém. Antes de ser concretizado em cimento, mármore, madeira ou papel... foi um sonho!!! "Nunca se afaste de seus sonhos, pois, se eles se forem, você continuará vivendo, mas terá deixado de existir". Charles Chaplin

segunda-feira, 24 de abril de 2017

A VERDADE

                                                
                       
                                                                   A VERDADE 
Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho, deixando a água do riacho passar por entre os seus dedos muito brancos, quando sentiu o seu anel de diamante ser levado pelas águas. Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que fora assaltada por um homem no bosque e que ele arrancava o anel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre um canteiro de margaridas. O pai e os irmãos da donzela foram atrás do assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, e o mataram, mas não encontraram o anel de diamante.
 E a donzela disse: - Agora me lembro, não era um homem, eram dois. E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo homem, e o encontraram, e o mataram, mas ele também não tinha o anel.
 E a donzela disse: - Então está com o terceiro! Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante. E o pai e os irmãos da donzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram no bosque. Mas não o mataram, pois estavam fartos de sangue. E trouxeram o homem para a aldeia, e o revistaram, e encontraram no seu bolso o anel de diamante da donzela, para espanto dela.
 - Foi ele que assaltou a donzela, e arrancou o anel de seu dedo, e a deixou desfalecida – gritaram os aldeões – Matem-no! - Esperem! – gritou o homem, no momento em que passavam a corda da forca pelo seu pescoço. – Eu não roubei o anel. Foi ela que me deu! E apontou a donzela, diante do escândalo de todos. O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pescando, quando a donzela se aproximou dele e pediu um beijo. Ele deu o beijo.
 Depois a donzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o que era o amor. Mas como era um homem honrado, ele resistira, e dissera que a donzela devia ter paciência, pois conheceria o amor do marido no seu leito de núpcias.
 Então a donzela lhe oferecera o anel, dizendo: "Já que meus encontos não o seduzem, este anel comprará o seu amor." E ele sucumbira, pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra. Todos se viraram contra a donzela e gritaram: "Rameira! Impura! Diaba!" e exigiram seu sacrifício. 
E o próprio pai da donzela passou a forca para o seu pescoço. Antes de morrer, a donzela disse para o pescador: - A sua mentira era maior que a minha. Eles mataram pela minha mentira e vão matar pela sua. Onde está, afinal, a verdade? 
O pescador deu de ombros e disse: - A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe. Mas quem acreditaria nisso? O pessoal quer violência e sexo, não histórias de pescador.
fonte:  Pérolas da Sabedoria

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O ESPELHO

 

                                                                        O ESPELHO
Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda a fortuna que possuía não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e lhe pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
- O que você vê através do vidro, meu rapaz?
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
- E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima : o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que a sua própria pessoa. Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
- Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar aos outros. Essa é a chave para a solução dos seus problemas. Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta. Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estarem nosso lugar. E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com Seus filhos em dificuldades.
Ademais, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.
fonte: Pérolas de Sabedoria

quarta-feira, 19 de abril de 2017

A importância da espiritualidade


A importância da espiritualidade

O que é mais importante, ter uma religião ou ter uma espiritualidade?
Em primeiro lugar vou deixar bem claro duas coisas: Jesus não fundou nenhuma religião e segundo, religião nenhuma salva. A salvação não está em pertencer a esta ou aquela religião, estar nesta e naquela Igreja.
Espiritualidade é uma coisa e religião é outra coisa. Em todas as religiões existe uma espiritualidade, que acabam se identificando, possuindo os elementos comuns.
As religiões possuem normas, doutrinas, dogmas, trabalham com castigo e recompensa, falam de pecado, culpa, é causa de divisões, seguem preceitos de um livro sagrado, se alimentam do medo do castigo eterno, criam o “inimigo” (personagem do mal), nos ensinam a renunciar o mundo e sonhar com um paraíso, prometem a felicidade para depois da morte, quando abandonamos o corpo, algo visto como negativo.
Por outro lado, todas as pessoas possuem uma espiritualidade, independente se professa uma ou outra religião, até mesmo, sem nenhuma religião, por que não dizer, até os que dizem não crer num Ser Superior. A espiritualidade não nasce de uma organização externa. Ela está presente no nosso interior. Lembra quando Jesus dizia: “O Reino de Deus está dentro de vocês?” Então, nascemos com essa semente de Deus, somos seres divinos ou divinizados, somos seres espirituais vivendo uma experiência num corpo.
Como se manifesta que somos seres espirituais, possuidores de uma espiritualidade? Pelo simples modo de agir, de ver o mundo, as pessoas, a realidade, os acontecimentos. Minha espiritualidade me faz olhar todas as pessoas e ver nelas as maravilhas do Divino, como dizia Jesus: “Quem me vê, vê o Pai”. A espiritualidade me faz ver as pessoas não a partir das suas crenças, nem da sua raça ou condição de vida, mas daquilo que temos em comum, dos valores e princípios, das necessidades comuns de sermos amados, respeitados, valorizados, de sermos fraternos e solidários.
A espiritualidade me faz contemplar o Divino na natureza. Por isso minha relação de respeito e de defesa dela. Me faz defender os animais, os rios, as aves, os insetos, o ar, etc. Minha espiritualidade me faz ser uma pessoa educada, que sabe dar o lugar para outra num ônibus, ou qualquer outro lugar. Minha espiritualidade me faz respeitar os idosos e nunca abandoná-los. Minha espiritualidade me faz ser um marido que participa da vida dentro de casa, que divide todas as tarefas; me faz ser um esposo fiel. Minha espiritualidade me faz defender a vida sempre, não importa de quem seja.
fonte: http://www.revistapazes.com/importancia-da-espiritualidade/

terça-feira, 18 de abril de 2017

TUDO PASSA



                                       

                                              Tudo passa
Havia um rei muito poderoso que tinha tudo na vida, mas sentia-se confuso. Resolveu consultar os sábios do reino e disse-lhes:
– Não sei por que me sinto estranho e preciso ter paz de espírito. Preciso de algo que me faça alegre quando estiver triste e que me faça triste quando estiver alegre.
Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas condições:
Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável. Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado. Quando TUDO estiver perdido, a confusão for total, acontecer a agonia e nada mais puder ser feito, aí o rei deve abrir o anel.
O rei seguiu o conselho. Um dia o país entrou em guerra e perdeu. Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim. O reino estava perdido, mas ainda podia recuperá-lo. Fugiu do reino para se salvar. O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros e o cavalo.
Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos. Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício. Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei ainda pensa:
– Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento de ler a mensagem…
Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê a mensagem: “Isto também passará”. De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente, o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempo depois reúne seus exércitos e reconquista seu país. Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora de tanta alegria e, de repente, se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem: “Isto também passará”. Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.
Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades, em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante que nos lembremos de que tudo é efêmero, de que tudo passará, de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos, queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.
A ansiedade, frequentemente, não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. Nem sempre é possível, mesmo. Mas, em muitos momentos, precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse, e é na esfera dos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.
A calma, conforme o ditado popular, pode ser o melhor remédio diante daquilo que não depende de nós… Manter as emoções constantemente sob controle é pura fantasia e qualquer um já viveu a sensação de pânico ao perceber que o que mais se valoriza está escapando por entre os dedos.
“Dar tempo ao tempo” não é sintoma de passividade, mas de sabedoria na maior parte dos casos.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

METÁFORA DO GOLFINHO, DA CARPA E DO TUBARÃO







METÁFORA DO GOLFINHO, DA CARPA E DO TUBARÃO

Uma brilhante metáfora criada por Dudley Lynch e Paul Kordis do Brain Technologies Institute – do tubarão, da carpa e do golfinho.
Existem três tipos de animais: as carpas, os tubarões e os golfinhos. A carpa é dócil, passiva e que quando agredida não se afasta nem revida. Ela não luta mesmo quando provocada. Se considera uma vítima, conformada com seu destino.
Alguém tem que se sacrificar, a carpa se sacrifica. Ela se sacrifica porque acredita que há escassez. Nesse caso, para parar de sofrer ela se sacrifica. Carpas são aquelas pessoas que numa negociação sempre cedem, sempre são os que recuam; em crises, se sacrificam por não poderem ver outros se sacrificarem. Jogam o perde-ganha, perdem para que o outro possa ganhar.

Declaração que a carpa faz para si mesmo:
“Sou uma carpa e acredito na escassez. Em virtude dessa crença, não espero jamais fazer ou ter o suficiente. Assim, se não posso escapar do aprendizado e da responsabilidade permanecendo longe deles, eu geralmente me sacrifico.”
Nesse mar existe outro tipo de animal: o tubarão. O tubarão é agressivo por natureza, agride mesmo quando não provocado. Ele também crê que vai faltar. Tem mais, ele acredita que, já que vai faltar, que falte para outro, não para ele!
“Eu vou tomar de alguém!” O tubarão passa o tempo todo buscando vítimas para devorar porque ele acredita que podem faltar vítimas. Que vítimas são as preferidas dos tubarões? Acertou, as carpas. Tanto o tubarão como a carpa acabam viciados nos seus sistemas. Costumam agir de forma automática e irresistível. Os tubarões jogam o ganha-perde, eles tem que ganhar sempre, não se importando que o outro perca.

Declaração que o tubarão faz para si mesmo:
“Sou um tubarão e acredito na escassez. Em razão dessa crença, procuro obter o máximo que posso, sem nenhuma consideração pelos outros.
Primeiro, tento vencê-los; se não consigo, procuro juntar-me a eles.”
O terceiro tipo de animal: o golfinho. Os golfinhos são dóceis por natureza. Agora, quando atacados revidam e se um grupo de golfinhos encontra uma carpa sendo atacada eles defendem a carpa e atacam os seus agressores.
Os “Verdadeiros” golfinhos são algumas das criaturas mais apreciadas das profundezas. Podemos suspeitar que eles sejam muito inteligentes – talvez, à sua própria maneira, mais inteligentes do que o Homo Sapiens. Seus cérebros, com certeza, são suficientemente grandes – cerca de 1,5 quilograma, um pouco maiores do que o cérebro humano médio – e o córtex associativo do golfinho, a parte do cérebro especializada no pensamento abstrato e conceitual, é maior do que o nosso. E é um cérebro, como rapidamente irão observar aqueles fervorosos entusiastas dedicados a fortalecer os vínculos entre a nossa espécie e a deles, que tem sido tão grande quanto o nosso, ou maior do que o nosso, durante pelo menos 30 milhões de anos.
O comportamento dos golfinhos em volta dos tubarões é legendário e, provavelmente, eles fizeram por merecer essa fama. Usando sua inteligência e sua astúcia, eles podem ser mortais para os tubarões. Matá-los a mordidas? Oh, não! Os golfinhos nadam em torno e martelam, nadam e martelam. Usando seus focinhos bulbosos como clavas, eles esmagam metodicamente a “caixa torácica” do tubarão até que a mortal criatura deslize impotente para o fundo.
Todavia, mais do que por sua perícia no combate ao tubarão, escolhemos o golfinho para simbolizar as nossas idéias sobre como tomar decisões e como lidar com épocas de rápidas mudanças devido às habilidades naturais desse mamífero para pensar construtiva e criativamente. Os golfinhos pensam? Sem dúvida. Quando não conseguem o que querem, eles alteram os seus comportamentos com precisão e rapidez, algumas vezes de forma engenhosa, para buscar aquilo que desejam. Golfinhos procuram sempre o equilíbrio, jogam o ganha-ganha, procuram sempre encontrar soluções que atendam as necessidades de todos.

Declaração que o golfinho faz para si mesmo:
“Sou um golfinho e acredito na escassez e na abundância potenciais. Assim como acredito que posso ter qualquer uma dessas duas coisas – é esta a nossa escolha – e que podemos aprender a tirar o melhor proveito de nossa força e utilizar nossos recursos de um modo elegante, os elementos fundamentais do modo como crio o meu mundo são a flexibilidade e a capacidade de fazer mais com menos recursos.”
Se os golfinhos podem fazer isso, por que não nós?
Achamos que podemos.