Era uma vez um lugar muito distante, mas muito distante mesmo. Ficava pra cima das montanhas, bem perto do horizonte e por isso mesmo se chamava Horizonte Azul. Lá vivia uma princesinha muito bonita chamada Carolina, mas muito, muito triste. Ela era assim: rosto meio oval, olhos verdes e profundos, pele branquinha...branquinha, cabelos longos e macios, boca carnuda e rosada, mas não sorria nunca.
Todas as pessoas daquele lugar viviam muito alegres e já tinham feito de tudo para vê-la sorrir. Da janela do seu castelo, Carolina via as crianças brincarem em volta das casa, via os casais passearem de mãos dadas na pracinha e via também que ninguém brigava nem ficava de mau humor. Também ouvia o som de suas músicas alegres que fazia todos cantarem e dançarem, mas ela ficava triste... cada vez mais triste.
Lá em Horizonte Azul havia muitas flores pelos caminhos, muitos pássaros e árvores bem coloridas, de modo que todos que por ali passavam sentiam uma alegria no ar e eram felizes para sempre, só Carolina não via e nunca sorria.
Um dia, chegou naquele lugar um jovem muito formoso e esperto que percebeu a tristeza da menina e se apaixonou por ela. Resolveu ir até o palácio e conversar com ela. Quem sabe contando todas as suas histórias, falando do seu imenso amor ela não se sentiria mais feliz? Assim fez.
Todas as pessoas daquele lugar viviam muito alegres e já tinham feito de tudo para vê-la sorrir. Da janela do seu castelo, Carolina via as crianças brincarem em volta das casa, via os casais passearem de mãos dadas na pracinha e via também que ninguém brigava nem ficava de mau humor. Também ouvia o som de suas músicas alegres que fazia todos cantarem e dançarem, mas ela ficava triste... cada vez mais triste.
Lá em Horizonte Azul havia muitas flores pelos caminhos, muitos pássaros e árvores bem coloridas, de modo que todos que por ali passavam sentiam uma alegria no ar e eram felizes para sempre, só Carolina não via e nunca sorria.
Um dia, chegou naquele lugar um jovem muito formoso e esperto que percebeu a tristeza da menina e se apaixonou por ela. Resolveu ir até o palácio e conversar com ela. Quem sabe contando todas as suas histórias, falando do seu imenso amor ela não se sentiria mais feliz? Assim fez.
O jovem falou do amor, cantou muitos versos, disse-lhe também de um lugar maravilhoso, onde todos viviam em união ajudando uns aos outros, do valor da oração na família e do agradecimento a Deus por todas as coisas recebidas. Falou das flores que se abriam a cada manhã, dos pássaros que voavam livremente e cantavam lindas melodias. Falou de tantas e tantas coisas fascinantes e com tamanha simplicidadeque Carolina sentiu vontade de ir até lá. Mas o jovem lhe disse que ela teria de ir sozinha, ele estaria por perto e lhe deixaria um anel como prova de seu amor e de comprometimento. Todas às vezes que sentisse a sua falta ou precisasse de ajuda bastava tocar no anel levemente e ele voltaria. E assim foi.
A princesinha desceu do seu palácio e chegou lá embaixo onde nunca tinha estado e viu que as coisas eram bem diferentes do seu mundo As pessoas eram alegres e educadas, mas estavam sempre ocupadas nas suas tarefas, não se preocupavam com coisas fúteis nem perdiam tempo, que era precioso, com bobagens. Carolina andou, andou, olhou,olhou e se cansou. Sentiu fome, e para comer tinha que fazer o pão como as outras mulheres. Sentiu sede, mas teria de ir à fonte pegar água. Sentiu sono, mas teve que fazer a sua própria cama. Então, não gostou de ficar ali, quis voltar para a sua janela. Sentiu medo e sentiu-se só. Lembrou-se do anel, ao tocá-lo, imediatamente vieram a sua mente as coisas lindas que o rapaz lhe dissera. Como num passe de mágica, retomou forças e continuou a procurar pelo mundo encantado.
Algum tempo depois já mostrava sinais de cansaço, seus pés sangravam, suas roupas pesavam, tudo lhe incomodava. O tempo passava mais depressa ainda, olhou para o anel, segurou-o e novas lembranças vieram lhe dar ânimo. Ele estava ali a poucos passos tentando alegrá-la, parecia lhe dizer: " Olha, Carolina, um dia vai acabar..."
Num belo dia, Carolina se cansou e voltou para o palácio, de lá avistou um lugar mais longe, um lugar além do Horizonte Azul. Ali é que era, com certeza, o lugar ideal de que lhe falara o rapaz. Mas o tempo já havia passado e só Carolina não percebera. Seus cabelos já tinham embranquecido, suas mãos trêmulas não sentiam como antes. Ah! O anel! Ainda estava lá entre os dedos finos, quase a se perder. Tocou-o mais uma vez, e aquele príncipe surgiu a sua frente, e mais uma vez lhe mostrou as flores, os pássaros, as pessoas :"elas são reais, Carolina!" E contou-lhe mais histórias... e cantou mil versos ainda para lhe fazer sorrir, depois convidou-a para dançar.
Carolina, a princesa que não sorria, ouviu aquela música, olhou pela última vez aquele lugar ao longe, olhou para as flores que se abriam lá embaixo, viu a alegria que bailava no ar, espantou a tristeza dali, estendeu a mão para a alegria, saiu a dançar e ... sorriu...
Dizem que até hoje quem passa por aquelas bandas vê um semblante na janela mais alta daquele castelo com um leve sorriso nos lábios.
(piedadevieira)
MORAL DA HISTÓRIA:
Há pessoas que buscam pela felicidade nos lugares mais longínquos, enquanto ela se encontra bem embaixo dos seus pés.
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