quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A ESTRELA DE BELÉM



A ESTRELA DE BELÉM.
“... Apenas por alguns foi a estrela outrora reconhecida como a realização das promessas. Assim pela própria Maria e por José, que, comovido, escondeu o rosto.
Três reis descobriram o caminho para o estábulo e ofereceram presentes terrenos; contudo, logo a seguir deixaram a criança desamparada, cujo percurso na Terra deviam amparar com seus tesouros, com seu poder, para que nenhum sofrimento lhe adviesse durante o cumprimento de sua missão. Não reconheceram devidamente suas sublimes incumbências, não obstante terem sido elucidados para poderem achar a criança.
Um estado de inquietação impelia Maria a deixar Nazaré. E José, vendo seu sofrimento silencioso, sua ansiedade lhe satisfez a vontade, só para alegrá-la. Entregou os cuidados de sua carpintaria ao mais velho de seus ajudantes e viajou com Maria e a criança para um país longínquo. Com o decorrer dos dias de trabalho e com as preocupações diárias se foi apagando nos dois lentamente a lembrança da Estrela Radiante, principalmente pelo fato de Jesus não haver mostrado nada fora do comum em sua infância, e sim ter sido inteiramente normal como todas as crianças.
Só depois que José, que sempre foi o melhor amigo paternal de Jesus, após seu regresso à cidade natal, veio a falecer, foi que viu, nos últimos momentos terrenos de seu trespasse, por cima de Jesus, que estava sozinho junto ao leito de morte, a Cruz e a Pomba.
Tremulas foram suas últimas palavras: “Então és tu mesmo!”
O próprio Jesus nada sabia disso, até que se sentiu impelido para João, a cujo respeito estava informado de que revelava sábios ensinamentos no Jordão e batizava.
Nesse ato material grosseiro de um batismo o começo da missão se radicou solidamente na matéria grosseira. A venda caiu. Jesus, a partir desse momento, tornou-se cônscio de que devia trazer a Palavra do Pai à humanidade terrena.
Sua vida inteira desenrolar-se-á assim diante de vós, conforme realmente foi, despida de todas as fantasias dos cérebros humanos!
Com a conclusão final dos acontecimentos no Juízo, tudo se tornará notório a todos na vitória da Verdade, que não mais deverá ser obscurecida por longo tempo! Maria lutou dentro de si com dúvidas que se fortaleceram com os cuidados maternos pelo filho até a difícil caminhada para o Gólgota. De modo inteiramente humano e não sobrenatural. Somente lá lhe veio finalmente o reconhecimento da missão de Jesus e, com isso, a fé.
Agora, porém, com a volta da Estrela Radiante, devem por graça de Deus ser desfeitos todos os erros, e desfeitos também todos os enganos daqueles que, sem agir por obstinação nem má vontade, ainda assim dificultaram o caminho de Cristo naquele tempo e que agora no termo final chegaram ao reconhecimento e procuram reparar o que negligenciaram ou erraram.
Ante essa vontade de reparação vem ao encontro deles a salvação com a Estrela Radiante, e libertados poderão eles, jubilosamente, agradecer Àquele que em Sua sabedoria e bondade criou as leis, pelas quais as criaturas devem julgar-se e também redimir-se”.
Abdruschin.
Parte final da dissertação “A Estrela de Belém”, presente no I Volume da Mensagem do Graal, “Na Luz da Verdade de Abdruschin.
Roberto Pimenta.

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