quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sábio e o canoeiro

                          
                        
 SABIO E O CANOEIRO 
Conta-se que um filósofo, ao atravessar largo rio numa canoa, perguntou ao canoeiro se ele entendia de astronomia. - Não, senhor! Respondeu o trabalhador. Em toda minha vida nunca ouvi falar nesse nome. 
E o sábio replicou: "Sinto muito que você haja desperdiçado a quarta parte de sua vida." - Você sabe alguma coisa de matemática? O pobre homem sorriu, meneou a cabeça, e lhe respondeu: - Não! Então, o sábio tornou a dizer:
 - Lamentavelmente, você perdeu outra quarta parte de sua vida, meu amigo. Logo em seguida, perguntou pela terceira vez: - Sabe algo sobre Geologia? - Não, nunca fui à escola - replicou o canoeiro. - Bem, amigo, quase toda a sua vida foi mal empregada. No mesmo momento em que se dava a conversa, a canoa bateu numa pedra, e, enquanto o canoeiro tirava a jaqueta para nadar até a margem do rio, perguntou ao filósofo: - O senhor sabe nadar?
 - Não, respondeu o sábio. - Sinto muito, mas o senhor desperdiçou toda a sua vida com as ciências, porque a canoa, em poucos minutos, afundará. Muitos de nós costumamos agir como o sábio, diante das pessoas que julgamos menos inteligentes que nós. Temos que convir, entretanto, que as inteligências são variadas e relativas. 
Há engenheiros brilhantes que fazem cálculos complexos, e não conseguem precisar o tempo de cozimento de uma porção de arroz. E há pessoas analfabetas, ou de muito pouca cultura que fazem isso com naturalidade. Existem pilotos competentes que operam, com precisão, dezenas de botões, e põem a gigantesca nave no ar, mas ficam sem ação diante de um ferro elétrico e uma camisa para passar. Há professores brilhantes que ensinam matérias difíceis aos seus alunos, e não conseguem manejar o controle de um vídeo-game, como o fazem os jovens a quem ensinam. Dessa forma, percebemos que há inteligências e
inteligências. E cada um de nós entende sobre determinado assunto, mais, ou menos, que as outras pessoas. Os Espíritos superiores afirmam que a felicidade consiste em conhecer todas as coisas. Assim, um dia, todos teremos que saber tudo. 
E é graças ao intercâmbio dos conhecimentos que cada um de nós aprende um pouco a cada dia. E esse intercâmbio se dá na convivência em sociedade. Quer seja no lar, no trabalho, ou no lazer, estamos sempre aprendendo com alguém e transmitindo nossas experiências aos outros. Assim sendo, vivamos de maneira que possamos transmitir aos outros os conhecimentos que possuímos, sem ostentação, e captar os ensinamentos dos outros, com alegria.

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