sábado, 15 de agosto de 2015

A  INTUIÇÃO


Considero minha intuição como elemento-chave dos processos mentais que me levem a conclusões e decisões.  Henry  Ford II

É a intuição que faz com que tomamos conhecimento de algo, sem que tenhamos consciência disso. Embora alguns autores divirjam  sobre a procedência ou formação da intuição, são no entanto, unânimes quanto ao resultado do funcionamento: ela processa informações não-verbais, ou seja, chega à nossa consciência somente por meio de imagens.
No corpo físico humano, a intuição atua através do cérebro posterior, também conhecido como cerebelo, aquela parte do corpo que nos transmite o sonho. A intuição provém do espírito que utiliza como auxílio o plexo solar, cujo centro processa as imagens, e que chegam à nossa consciência via cérebro anterior, que representa a nossa inteligência, o nosso raciocínio.
A intuição jamais erra, isso porque, ela forma imagens de impressões e/ou acontecimentos desejados pelo espírito. É o contrário do cérebro anterior que é ligado ao espaço e ao tempo, à inteligência e ao raciocínio. Quando este último é usado, sobrevêm-nos sentimentos, emoções, pensamentos, fantasias e por fim, as palavras que são o produto final das percepções que passamos a sentir por meio da mente, a respeito de alguém ou alguma coisa. 
A forma de impressões de processamento que recebemos do cérebro anterior (raciocínio) ou do cérebro posterior (intuição), é quase simultânea, todavia, é possível perceber a diferença, porque o que surge primeiro é a imagem formada pela intuição que logo em seguida é transformada em pensamentos, sendo que nesse interregno ocorrem milésimos de segundos.
Atualmente pouquíssimas pessoas utilizam a intuição, pois com o decorrer dos séculos ela foi sendo sufocada pela predominância do uso da inteligência, do raciocínio e dos pensamentos, todos dignos de falibilidade, posto que, tomam por base, emoções e sentimentos pelos quais imaginamos que sabemos algo a respeito. Nos meios de crença popular, ela é conhecida como palpite, vislumbre, inspiração, revelação, prenúncio, augúrio, pressentimento, sexto sentido ou voz interior; nos meios acadêmicos, como insight ou “vibrações”.
Em sua obra publicada originalmente sob o titulo de Intuition: How to use it for success and happiness, ( Intuição : como usá-la para o sucesso e a felicidade), traduzido para o português como Intuição, o autor Milton Fisher relata fatos de pessoas que mediante a intuição, fizeram sucesso na vida profissional, enquanto outras tiveram-na salva, como no caso da repórter Oriana Fallaci, quando fazia a cobertura dos jogos olímpicos no México. Momentos antes, teve um palpite de que algo errado estava para acontecer, e procurou um abrigo seguro, mesmo assim, acabou ferida, quando atiraram nos estudantes.
Para Abdruschin, em seu tópico Intuição, “os seres humanos do futuro terão cérebros normais (grifo do autor) que, trabalhando com uniformidade, se apoiarão então mutuamente, de modo harmonioso. O cérebro posterior, que se chama cerebelo, por estar atrofiado, robuster-se-á então, porque chegará à atividade certa, até ficar em relação correta com o cérebro anterior. Então haverá novamente harmonia, e o contorcido e doentio terá que desaparecer”. Quem sabe talvez consigamos isso no porvir, quando do limiar do Reino dos Mil Anos.  



Richard Zajaczkowski, bacharel em Direito,
Oficial de Justiça Avaliador,  acadêmico de Jornalismo

e  membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão

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