domingo, 16 de agosto de 2015

APRENDENDO LIÇÕES


O rabino Elisha ben Abuyah costumava dizer: “Aqueles que estão abertos às lições da vida, e que não se alimentam de preconceitos, são como uma folha em branco, onde Deus escreve suas palavras com tinta divina”.
“Aqueles que estão sempre olhando o mundo com cinismo e preconceito, são como uma folha já escrita, onde não cabem novas palavras. Não se preocupe com o que já sabe, ou com o que ignora”.
“Não pense no passado e nem no futuro, apenas deixe que as mãos divinas tracem, a cada dia, as surpresas do presente”. Elisha tem razão, pois as pessoas preconceituosas possuem opinião formada sobre assuntos dos quais têm pouco conhecimento.
E sobre temas que na realidade desconhecem e apenas ouviram falar, adoram acrescentar coisas inventadas pelo intelecto doentio, para se jactarem na vaidade de mostrar um falso saber.
O cinismo nos seres humanos, no sentido figurado, torna-os despudorados, cujo julgamento possui a faculdade de desdenhar das conveniências sociais. Para eles, praticamente tudo não passa de uma absoluta hipocrisia humana.
Quando dizemos que as pessoas estão abertas às lições da vida, queremos dizer que elas devem aceitar as dificuldades que enfrentam com determinação normal, sem que para isso devam criticar, procurando erros e falhas nas coisas e pessoas.
Não existe a perfeição nas atividades humanas, nem por isso, devemos nos utilizar desta faculdade – a da imperfeição – para fazer valer o nosso caráter formal de preconceituosos.
Estar aberto à vida também pode significar que as pessoas devem reciclar suas mentes, ou seja, buscar novos entendimentos, abrir-se a conhecimentos diversificados, entender situações novas sobre coisas e pessoas, enfim, ampliar o nosso universo mundo-social.
As palavras do rabino de que as folhas escritas por pessoas que se alimentam de preconceitos possam estar preenchidas e que não cabem novas palavras, é apenas a força do sentido para justificar que somente o bem é eterno.
Nos mundos das materialidades, tanto o bem quanto o mal se frutificam; ambos preenchem milhares de folhas escritas, porém, em mundos superiores de luz, apenas o bem sobrevive, que é a essência da pureza do Criador da qual todos nós provimos. 
Moral da história: aqueles que não aprendem direito as lições da vida correm o sério risco de sofrerem repetidas vezes, sem imaginar que a cada ciclo de involução, a carga cármica torna-se cada vez mais pesada.

Richard Zajaczkowski, bacharel em Direito,
Oficial de Justiça – Vara do Trabalho, jornalista
e membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão












  

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário